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Quinta-feira, 21 de Junho de 2001
Jornal
do Lojista
Loja
nova, todos os dias
Não são necessárias grandes reformas para mudar
e agradar o cliente
Débora Oliveira
Pincéis, cimento, tintas e revestimentos podem ser a solução para aumentar
as vendas e manter o cliente fiel, independentemente do ramo do comércio.
Da simples mudança na disposição de móveis à ampla reforma do ponto comercial,
o importante é trazer novidade para o consumidor, sem nunca perder a identidade.
Consultores de varejo aconselham grandes mudanças no ambiente a cada três
anos. Lojistas chamam atenção para a importância de itens básicos, como
pintura e iluminação.
Voltada para o ramo de moda jovem feminina, a Pocket foi uma das lojas
que mudaram de cara no Norte Shopping, onde cerca de 10% dos 320 pontos
comerciais sofreram reformas nos últimos meses. O objetivo foi acompanhar
a ampliação do mix de produtos, que passou a oferecer, além de peças básicas,
mercadorias ligadas ao movimento da moda.
Novos consumidores
- Trocamos móveis em cor marfim por madeira mais escura, a imbuia, com
acabamento em metais cromados. Desta forma, modernizamos o ambiente, agradamos
os clientes fiéis e ganhamos novos consumidores - explica o dono da Pocket,
Joaquim Renne. A abertura de novas lojas também pode ser o motivo que
faltava para amplas reformas, como aconteceu com a Avante, que fabrica
e comercializa tapetes.
A empresa inaugurou duas novas unidades no final do ano passado e incorporou
o novo projeto arquitetônico aos outros dois pontos comerciais. Além disso,
a Avante modificou um dos itens que, segundo o sócio-diretor da Acomp
Consultoria e Treinamento, Antônio César Carvalho de Oliveira, pode fazer
a diferença em uma loja: iluminação. "Optamos por lâmpadas que não distorcem
as cores", conta a gerente de marketing, Márcia Bergmann.
- Livrarias também devem optar por ambientes mais iluminados. O grau de
economia das lâmpadas e tipo de luminária devem ser levados em consideração.
Quando o lojista perceber que está igual a seus vizinhos, é hora de mudar
- afirma o sócio-diretor da Acomp, que tem a Sendas entre seus clientes.
Contrariando a tendência do mercado - que, segundo Oliveira, mostra novidades
no ambiente a cada três anos -, não há regularidade nas grandes reformas
da Avante, inaugurada em 1976. "Na verdade, o cliente tem sempre a sensação
de estar entrando em uma nova loja porque mudamos a arrumação dos produtos
a cada 15 dias", diz a gerente de marketing. Uma forma simples e econômica
de passar a sensação de cara nova, já assimilada pelos comerciantes.
- Assim como fazemos com a nossa casa, mudamos os móveis de lugar de vez
em quando - afirma a gerente da joalheria Valerie Leutre, Ana Célia Teixeira,
contando que a loja deve passar por ampla reforma daqui a um ano.
Conforto preservado
Cuidar da manutenção do ponto de vendas também ajuda a preservar o conforto.
"Executamos reformas leves a cada final de ano. Com apenas três anos de
estrada, ainda não fizemos grandes mudanças, mas elas acontecerão porque
a agilidade do comércio varejista exige isso", afirma o design e proprietário
da Fernando Jaeder Design, Fernando Jaeder.
O importante, segundo consultores de varejo, é não perder a identidade,
para manter o público conquistado. "O comerciante deve perguntar-se também
que benefícios as reformas proporcionarão ao cliente. Permitir que o consumidor
enxergue os produtos com mais facilidade ou circule livremente são bons
motivos para modificações", exemplifica o coordenador do curso de Master
in Business Administration (MBA) em Varejo do Instituto Brasileiro de
Mercado de Capitais (Ibmec-RJ), Ruy Quintans. Depois de definidas as novidades,
a etapa final é comunicá-las ao público. "Uma boa companha promocional
traz o cliente para a loja e mostra o que mudou", destaca o sócio-diretor
da Acomp Consultoria e Treinamento. Já o coordenador do MBA em Varejo
da Ibmec-RJ aposta na reinauguração. "O comerciante deve chamar atenção
para a loja. Uma festa dá conta do recado", afirma Quintans.
Dicas
O que pode mudar...
>> Disposição dos móveis.
>> Iluminação.
>> Cor das paredes.
>> Objetos de decoração.
>> Prateleiras e forma de arrumar as peças.
Cuidado com...
>> Estantes grandes próximas à entrada que impeçam a visão do interior
do loja.
>> Prateleiras pontiagudas. Mesmo que a loja não seja voltada para o público
infantil, mães com crianças evitarão o local.
>> Degraus e portas fechadas na entrada.
>> Mudanças muito radicais que prejudiquem a identidade do ponto comercial.
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