Gazeta Mercantil 26/08/1999
Supermercados
abertos 24 horas
Pão de Açúcar, Sendas e Zona Sul oferecem serviço para fidelizar
marca junto aos clientes
A disputa pela preferência dos consumidores no setor supermercadista
está virando a madrugada. As mudanças de comportamento dos consumidores
- que passaram a incluir a noite como horário opcional para compras
- e a forte concorrência entre as empresas tem levado as grandes redes
de supermercado a apostar suas fichas nas redes 24 horas. O grupo Pão
de Açúcar, com o Extra, a Sendas, com o Super Ex, e o Zona Sul disputam
espaços inaugurando lojas 24 horas bem próximas para não perder o consumidor
para a concorrência. A mesma rede chega a ter até duas lojas operando
com o sistema no mesmo bairro, como é o caso do Zona Sul nas ruas Prudente
de Moraes e Visconde de Pirajá.
Segundo o consultor de varejo, Antônio César Carvalho de Oliveira, diretor
da Acomp Consultoria e Treinamento, para a abrir um mercado 24 horas,
as empresas precisam acrescentar cerca de 25% ao investimento normal,
levando em consideração aumento de gastos com segurança, energia elétrica
e atendimento.
O grupo Pão de Açúcar, que não pára de inaugurar hipermercados - só
este ano serão 12 novas lojas no Rio, sendo seis com a bandeira Pão
de Açúcar e seis com a bandeira Extra - não abre mão de funcionar 24
horas nas áreas onde as pesquisas constatam que a iniciativa contará
com público fiel ou onde a concorrência já atua há três turnos. 'A pesquisa
de mercado é indispensável para medir a viabilidade da implantação de
um sistema dia e noite. A proximidade de redes 24 horas não prejudica
o negócio, se houver demanda na região', diz Oliveira.
Das seis lojas Extra que hoje funcionam no estado, quatro estão abertas
24 horas.
As duas novas lojas Extra que serão inauguradas até o fim de setembro,
em Niterói e na Ilha do Governador, também funcionarão no sistema de
três turnos.
O conceito de hipermercado 24 horas é considerado fácil de operar. O
abastecimento das grandes redes são realizados, tradicionalmente, à
noite o que implica a presença de funcionários e a manutenção da loja,
exigindo apenas a participação de mais alguns empregados no funcionamento.
'Os resultados compensam os custos. Durante a noite, o supermercado
já funciona com operação interna nos estoques e refrigeração. Basta
ligarmos mais algumas luzes e colocarmos algumas operadoras de caixa',
afirma o diretor da rede Extra, Luiz Fazzio.
Para o coordenador do curso MBA de Varejo, da Fundação Getúlio Vargas
(FGV), Ulysses Reis, a teoria de Luiz Fazzio não se aplica à prática.
De acordo com ele, é preciso levar em conta a necessidade de fortalecer
o sistema de segurança das lojas e criar condições para que o atendimento
seja satisfatório, com número suficiente de funcionários. 'Não adianta
abrir uma loja 24 horas se não tiver estrutura para atender os clientes
de maneira eficiente', diz. Ulysses aposta em uma tendência para o segmento
24 horas. 'Acho que os hipermercados terão que delimitar um espaço para
o funcionamento nos três turnos. Em lojas muito grandes, determinadas
áreas ficam ociosas durante a madrugada e geram gastos que poderiam
ser eliminados', afirma.
O diretor comercial do grupo Sendas, Nelson Sendas, discorda de Ulysses.
Para ele, os hipermercados não devem limitar seus espaços à noite. '
Não podemos prestar um desserviço. A loja deve estar toda aberta para
melhor atender o consumidor. Ele deve ter o direito de comprar qualquer
coisa durante a madrugada', acredita. A Sendas adotou o conceito dia
e noite para as lojas que funcionam além do horário comercial. Todas
fecham às 3h e reabrem às 7h. A cada nova loja que inaugura, a Sendas
encomenda pesquisas para avaliar a necessidade do funcionamento dia
e noite e o perfil do público da região.
De acordo com Nelson Sendas, o funcionamento durante a madrugada não
é lucrativo para a empresa, mas necessário para enfrentar a concorrência.
'Na ponta do lápis, não é uma operação lucrativa, mas não podemos deixar
nossas lojas de fora desta tendência', analisa. As empresas preferem,
por decisão estratégica, não divulgar números do mercado 24 horas, mas
para o consultor Oliveira, da Acomp, operação pode ser lucrativa. 'Tudo
vai depender do local e da demanda. Não adianta a empresa lançar um
24 horas, se não tiver serviço de compras pela Internet, por exemplo',
afirma Oliveira.
Daniel Oiticica
© GAZETA MERCANTIL
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