Janeiro
e Fevereiro de 2009
O culto à roupa COMO O NOVO PÚBLICO MASCULINO CONSOME MODA
Uma nova geração de consumidores se forma, quase que de modo silencioso, e trata de modificar a configuração do cenário de moda na atualidade. Esta nova geração de homens está deslocando o culto ao corpo para outro foco: o vestuário. Porém, não estamos falando de uma roupa qualquer. O estilo predominante é limpo, beira o clássico, mas, permite intervenções próprias, em uma espécie de customização discreta, quase imperceptível. É uma forma de vestir que, sem dúvida, bebe muito na cultura contemporânea urbana, porém, também possui fortes indícios de valorização de aspectos intelectuais. Não se trata de pedantismo, mas de um novo entendimento sobre o ser/estar do homem na sociedade. Para Antônio César Carvalho de Oliveira, engenheiro, professor e diretor da empresa de consultoria comercial e pesquisas de mercado Acomp, um dos motivos do aumento da preocupação dos homens com a aparência é a competitividade do mercado de trabalho que exige uma boa apresentação pessoal. "Com a entrada da mulher no mercado de trabalho, houve uma simbiose: o homem assumiu algo da mulher e vice-versa. Assim como elas estão tomando posições e atitudes, que até então eram do homem, por outro lado o homem se permitiu ser mais vaidoso", acredita. "Apesar dessa vaidade, o vestuário masculino está mais despojado. Os jovens da Internet trouxeram para o meio empresarial um jeito menos formal de se vestir, principalmente nas sextas-feiras, o casual day. "Hoje, executivos sem terno e gravata negociam milhões de dólares", aponta Oliveira. No entanto, mesmo com essas mudanças no comportamento masculino, o consumo deles não pode ser comparado aos gastos femininos. A freqüência dos homens nas lojas é menor do que a das mulheres. A maioria dos consumidores do sexo masculino afirma que compra poucas vezes ao ano. "Eles compram para resolver um problema, elas compram porque é prazeroso", reforça o consultor. Mas será que com a proliferação de lojas online, o chamado e-commerce, o comportamento masculino diante do consumo não está sendo alterado? Desde 1999 como a primeira camisaria virtual do Brasil, no site da Closet (www.closet.com.br), o cliente pode comprar sua camisa sob medida sem sair do conforto de casa ou sem precisar se deslocar do trabalho para a loja. Além de escolher a cor e o modelo, também pode adquirir gravatas, suspensórios, abotoaduras e barbatanas. "A camisa é o produto mais vendido, representando atualmente 79% das vendas, e leva 15 dias úteis mais postagem para ser entregues. A entrega de acessórios (gravatas, abotoaduras, barbatanas e suspensórios) demora dois dias úteis mais postagem", afirma André José da Silva, Analista Desenvolvedor de Sistemas. A loja da Closet foi inaugurada somente após quatro anos operando apenas na web, diferente do que acontece normalmente. "O site é a principal ferramenta da empresa. Afinal, as vendas da loja ou de consultores externos têm os mesmos procedimentos de uma venda online, a única diferença é que têm um consultor responsável identificado", explica André. A Closet possui clientes de todas as faixas etárias, mas 38 anos é a idade média dos atuais consumidores da marca. Segundo André, as compras são feitas em sua maior parte pelos próprios homens, porém, existem mulheres que compram para seus maridos, chefes, irmãos, por exemplo. "Estatisticamente, as mulheres fazem, atualmente, apenas 8,98% das compras. Nossa experiência comprova que os homens têm preferido comprar sozinhos, porém ainda é muito comum que o homem leve a esposa até a loja para opinar sobre a camisa", revela. "Nossa intenção é que o cliente conheça a loja, fique satisfeito com o produto e adquira confiança para comprar apenas pela Internet, sozinho. O cliente já tem as medidas e opções cadastradas e só precisa escolher o tecido, e qualquer pequeno ajuste é fácil de fazer e o cliente já sabe que a camisa vestirá bem", comenta. Isso vai ao encontro do que argumenta o consultor Antônio César: "o conhecimento prévio da loja e/ou do produto, além das migrações das pessoas para outras cidades, devido à globalização, são os principais motivos que levam à compra pela internet". Com a proposta de oferecer oportunidades de compras a seus sócios, o site Coquelux (coquelux.com.br) foi lançado há menos de um ano pelos franceses Pierre-Emmanuel Joffre e Laurent Zago, profissionais experientes no mercado de luxo internacional. O site é um clube fechado para membros convidados, que buscam as marcas mais desejadas de roupas, acessórios, beleza, design e art de vivre. Toda semana, a Coquelux disponibiliza novas oportunidades de compra - uma marca de cada vez, durante dois dias. Para Pierre-Emmanuel Joffre, a falta de padronização das roupas é um dos grandes responsáveis pelo receio da compra pela internet aqui no Brasil. Diante disso, o Coquelux criou uma ferramenta exclusiva, um manequim virtual. "Os sócios podem criar até quatro manequins e, junto com o guia de medidas, que inclui comprimento das mangas, comprimento interno das pernas, cintura, tórax, ombro, circunferência do pescoço, entre outros, para garantir que o produto comprado sirva perfeitamente" ressalta Joffre. Segundo Pierre-Emmanuel, o site tem público na faixa etária de 20 a 40 anos, sendo que as mulheres ainda se interessam mais pelas compras. "80% do nosso consumidor é feminino, embora comprando também para eles". O site vende marcas masculinas renomadas como Dior, Yves Sant Laurent, uMa, Iódice, Zapping, O Estilista, Poko Pano, entre outras.
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