Taxa
de juro menor, por enquanto, só nos bancos
Operações de crédito estão custando menos
A
decisão do Banco Central de diminuir os juros e o compulsório
dos depósitos feitos nos bancos já mostra resultados:
as instituições financeiras baixaram os juros de operações
de crédito como cheque especial, Crédito Direto ao Consumidor
(CDC) e empréstimos pessoais.
O comércio, no entanto, não demonstra a mesma disposição.
A redução dos juros ao consumidor ainda não aconteceu
efetivamente. A maioria das lojas, por exemplo, mantém a mesma
taxa de crediário de outubro do ano passado. As Casas Bahia não
exige sinal de entrada e cobra 3% ao mês na compra de móveis
parcelados em 15 vezes. A mesma taxa de juros é cobrada na compra
de aparelhos eletroportáteis, que podem ser pagos em quatro vezes.
A Arapuã, que tem um plano de pagamento em oito vezes, afirmou
ter feito uma pequena redução, mas não informou
quanto cobrava antes da medida tomada pelo BC. Atualmente, o consumidor
paga juros de 6,78%. A percentagem acompanha a tabela da Fininvest.
O Bradesco baixou o juros do cheque especial de 9,8%, em dezembro do
ano passado, para 8,8% ao mês. Os juros do crédito pessoal
nos contratos pré-fixados até doze meses variavam entre
3,5% e 5% ao mês em dezembro. Agora, os juros estão entre
3% e 4,5% mensais.
VEÍCULOS. Os juros do Crédito Direto ao Consumidor
(CDC) para veículos não foram alterados pelo Bradesco.
As taxas nos contratos pré-fixados até 24 meses estão
entre 2,6% e 3,8% ao mês. Também não houve alteração
no CDC para outros bens, no qual a taxa varia entre 4% e 5,5% nos contratos
pré-fixados até 12 meses.
O Banco Real cobrava, na época do Natal, taxa de 11,2% ao mês
no cheque especial no período de 11 a 20 dias de utilização
e de 11,5% do vigésimo primeiro dia até o fim do mês.
Agora, a instituição pratica taxas entre 6% e 9,9% ao
mês do 11º até o 30º dia de utilização
do limite. O banco mantém a política de não cobrar
juros até o décimo dia de atraso no cheque especial.
O crédito pessoal do banco também diminuiu. No
crédito pessoal normal o banco cobra atualmente entre 2,9% e
4,9 ao mês%, no período de dois a 12 meses. Para o Crédito
Pessoal automático, entre quatro e 12 meses, o banco cobra juros
de 5,2%. No CDC Veículo, o Real manteve os juros entre 2,28%
e 2,7%, no pagamento de 1 a 36 meses. Já no CDC para outros bens,
o banco pratica taxa de 2,7% no pagamento de um a 36 meses.
Em 8 de dezembro do ano passado, o HSBC cobrava juros no cheque especial
entre 6,8% e 9,4%. Hoje, os juros cobrados pelo banco pelo serviço
focam entre 6,6% e 8,9% mensais. Já os juros do crédito
pessoal do HSBC, que estavam entre 3,87% e 5,% na mesma data de dezembro,
estão hoje entre 3,74% e 4,95%.
BENS. Para o CDC Veículos, o HSBC oferecia taxas entre
2,54% e 4,8% em dezembro de 1999. Hoje, as taxas caíram e variam
de 2.30% a 4,57%. Para o CDC Bens o banco reduziu os juros dos 2.74%
e 4.9% ao mês para 2,5% a 4,9%. As taxas do cartão do HSBC
continuam as mesmas. O HSBC Gold tem juros de 5,9%. O HSBC Global cobra
taxa de 9,90% e o Open Card tem juros de 10,5%.
A Caixa Econômica Federal não mexeu nas taxas de juros
oferecidas em nenhum de seus serviços.
O Citibank manteve as taxas do cheque especial entre 8.9% e 15,9%. O
produto não é, porém, o carro chefe da instituição,
que oferece um empréstimo pré-aprovado para evitar que
os clientes que precisam de crédito paguem juros altos ao entrar
no cheque especial. As taxas de juros do empréstimo pessoal dos
bancos estão entre 4,9% e 8,9%.
QUEDA FOI ANTECIPADA
As taxas de juros médias praticadas pelo comércio da cidade
de São Paulo estão nos níveis mais baixos desde
a implantação do Plano Real, segundo o economista do Instituto
de Economia da
Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo.
''O comércio se antecipou na redução das taxas'',
explicou o economista, informando que várias lojas fixaram o
juro em aproximadamente 4%, depois que a rede de lojas Casas Bahia cortou
pela metade suas taxas. Já as concessionárias de automóveis
estão cobrando em média 1,98% de juro, embora os prazos
de pagamento sejam maiores.
Solimeo estima que as taxas cobradas pelo comércio só
poderão cair mais se houver novas reduções na taxa
básica da economia (Selic) e principalmente dos depósitos
compulsórios sobre depósitos à vista dos bancos.
Na sua opinião, há espaço para um recuo da Selic
e mais ainda do compulsório, ''que ainda está muito alto''.
O patamar de 4% do comércio está abaixo do juro básico
real (de 10%) mas ainda é considerado muito alto para incentivar
o consumo. Ele avalia que a tendência do comércio agora
é de que os estabelecimentos que estão cobrando taxas
acima de 5% façam algum ajuste e que os prazos de uma forma geral
sejam ampliados. O tempo médio do crediário é de
4 a 5 meses, mas em algumas lojas chega a 9 meses.
A LUTA pelos juros reais de 12% ao ano
Começou ontem uma campanha nacional para coleta de assinaturas
para a apresentação de Projeto de Lei de Iniciativa Popular.
O objetivo é tabelar os juros bancários em, no máximo,
12% reais ao ano, ou seja 0,9488% ao mês.
A Associação de Defesa e Orientação do Cidadão
(Adoc), em conjunto com o Procon, Instituto Brasileiro de DEfesa do
Consumidor (Idec) e vários sindicatos, diretórios estudantis
e o Fórum Nacional das Entidades Civis de Defesa do Consumidor
apóiam o projeto.
Para que um projeto de lei popular seja analisado pela Câmara
dos Deputados, é necessário que seja subscrito por, pelo
menos 1% do eleitorado nacional de, no mínimo, cinco Estados.
Segundo os organizadores da campanha, o objetivo é conseguir
as assinaturas em curto espaço de tempo já que haverá
representantes do movimento em mais de 15 estados.
As entidades que organizam a campanha entendem que os juros reais não
podem ser superiores a 12% ao ano, haja vista a auto-aplicabilidade
do artigo 192, parágrafo 3º da Constituição
Federal.
Como o Supremo Tribunal Federal entende que esta norma não é
auto-aplicável, e depende de Lei Complementar que a regulamente,
e considerando ainda que o Congresso Nacional não tomou esta
iniciativa, ela partirá dos consumidores.
O Sistema Financeiro Nacional é o único autorizado, por
decisão do Supremo Tribunal Federal (súmula 596), a cobrar
juros reais superiores a 12% ao ano.
USURA. "Desta forma, a prática da usura no sistema
bancário e de crédito está legalizada, ao passo
que, por exemplo, se a "quitanda da esquina" cobrar juros
acima deste limite, o dono poderá ser responsabilizado penalmente,
além de ter sua prática denunciada publicamente",
entende os órgãos de defesa do consumidor..
No site do Idec (uol.com.br/idec/), o consumidor pode ter acesso a uma
cópia do abaixo-assinado.
O documento está em formato doc e deve ser aberto no Word. Depois,
o interessado pode imprimir, assinar e também pedir a adesão
dos amigos. Após, basta enviar para o Idec.
O Idec fui fundado em 1987 sem fins lucrativos e sem vínculo
com empresas, governos ou partidos políticos. Sua missão
é defender o consumidor, inclusive representando-o na Justiça
em causas coletivas movidas pela entidade para resguardar seus direitos
na relação de consumo.
Leis. O proprietário da Acomp - Treinamento e Consultoria,
Antônio César Carvalho de Oliveira, comenta que, infelizmente,
o Brasil tem leis que pegam e outras que não. "Lei é
para se cumprir.
Essa cultura deve terminar para que a Constituição possa
ser mais respeitada".
O consultor lembra que a Lei está há muito tempo na Constituição,
mas falta a regulamentação para que entre em operação.
"Os bancos não têm interesse na redução
e fazem um lobby forte. Apesar de algumas instituições
financeiras terem reduzido a taxa do CDC e do cheque especial, os juros
continuam altíssimos", observa.
Antônio César lembra que o mercado muda com muita freqüência
e que o assunto teria que ser tratado pelo Banco Central, mas já
que está na Constituição deve ser regulamentado
o mais rápido possível.
"Espero que a campanha ajude a pressionar as autoridades para que
a regulamentação seja feita em breve. Afinal, se a população
não se manifesta, nada muda", conclui Antônio César. As taxas praticadas pelas instituições financeiras, atualmente,
podem chegar a mais de 300% ao ano.
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