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evista Lavanderia & Cia

Março e Abril de 2008- N. 180 - Capa e páginas 16 e 17

A convivência entre Sócios


Rosa Maria Artusi

A convivência entre sócios

Muitas vezes, o desgaste do relacionamento entre sócios pode comprometer a continuidade do empreendimento. Depois da lua-de-mel no início da sociedade, em que o entusiasmo anuncia que tudo vai dar certo, começam a aparecer as desavenças, os mal entendidos, o que deixou de ser combinado e a disputa pelo poder.

Esses problemas podem acontecer tanto entre desconhecidos, como entre amigos ou parentes que formam uma sociedade.

O motivo principal da má convivência é a falta de estabelecimento de regras, por escrito, antes de se firmar um contrato, definindo-se claramente a atuação de cada sócio, o que ele pode ou não pode fazer com relação à empresa.

Para Antônio César Carvalho de Oliveira, diretor da Acomp Consultoria e Treinamento para empresas, shopping centers, redes associativas e varejo, na maioria das vezes, há uma confusão em termos de lucro e pro-labore. Ele explica: "O lucro é o resultado financeiro operacional da empresa, ou seja, depois que todas as dívidas foram pagas, é o restante que sobrou e que tem que ser dividido proporcionalmente de acordo com as quotas de cada sócio. Por exemplo: se o sócio tiver apenas 20% da sociedade, receberá apenas 20% dos lucros. Já o prolabore é a remuneração ao sócio que trabalha diretamente na empresa. Se o sócio é apenas investidor e não trabalha dentro da empresa, só terá direito ao lucro. Se houver prejuízo no negócio, cada sócio terá que cobrir os danos de acordo com a sua quota dentro da sociedade".

 



Um problema constante é misturar o racional com o emocional, fonte de desentendimentos intermináveis, principalmente quando a sociedade é formada por parentes (marido e mulher, pai e filho, irmãos...). Nos negócios devem prevalecer objetividade e imparcialidade. As questões pessoais precisam ficar de fora, mesmo que isso pareça quase impossível.

Outro entrave para a boa convivência consiste em confundir as finanças da companhia com as próprias finanças – atitude muito usual em pequenas empresas. Essa prática acaba por comprometer a confiança mútua. Os sócios devem ter consciência de que os verdadeiros objetivos da empresa devem prevalecer sobre os objetivos pessoais de cada um.

Se já é difícil enfrentar a concorrência lá fora, no mercado, imagine ter que enfrentar concorrência dentro da própria empresa. É o que acontece quando os sócios disputam o poder, contaminando todo o ambiente de trabalho. Até os funcionários percebem quando existe disputa, o que acaba gerando fofocas, rumores e piadas entre eles. Muita energia é desperdiçada em “ganhar” posições, vencer o “inimigo”, enquanto todos os esforços deveriam ser canalizados para fazer o negócio dar certo e crescer.

Entre todas as dificuldades, a mais grave é a deslealdade de um dos sócios. Sim, porque os sócios, ao constituírem um empreendimento se obrigam mutuamente a convergir forças para o mesmo fim. O próprio Código Civil define que “celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados”.

Neste sentido, não importa se o sócio é também administrador da sociedade ou se apenas investidor. O fato é que todos devem lealdade em relação à sociedade e entre si. Pense em uma situação em que um sócio, embora sendo somente investidor na sociedade, posteriormente constitui uma nova sociedade com terceiros para atuar no mesmo ramo, nela assumindo a condição de gestor do negócio. Neste caso, se não tiver obtido a permissão dos sócios da primeira sociedade, estará nesta condição, sendo desleal para com seus pares.

A lealdade entre os sócios é um dos valores mais significativos, pois traduz a sinceridade, franqueza e honestidade, tornando-os fiéis aos compromissos societários.

Se o relacionamento entre sócios chegou a um ponto em que deixou de haver confiança e está atrapalhando os negócios, é hora de desfazer a sociedade, procurando novo parceiro, mas em bases novas e sólidas, agora fixando todas as regras e atribuições por escrito, para que não restem dúvidas sobre o papel de cada um, bem como permissões, limitações e proibições.

Diálogo, transparência, maturidade e lealdade são condições essenciais para a boa convivência entre sócios.

 

Dicas do Especialista

1- Efetuar um Estudo de Viabilidade, através da contratação de uma Consultoria Empresarial, "que possua expertise comprovada neste assunto", escolhida de comum acordo, para evitar interpretações equivocadas sobre lucro, pró-labore, retiradas, margem de lucro, mark-up, capital de giro e etc.. É importante que todos os sócios tenham o mesmo entendimento sobre estes aspectos, evitando discussões inócuas, desconfianças e desentendimentos futuros.

(Palpites ou opiniões neste assunto, normalmente geram a impressão de que um está querendo levar vantagem sobre o outro. Normalmente estas dúvidas são relevadas no início, em prol do todo. Mas vão causar estragos em pouco tempo).

2- Fazer um acordo previamente e de forma clara, da atuação e participação societária, de cada um dos sócios.

3- Escrever os pontos do acordo e como poderão ser revisados ( fora do contrato social ).

4- Definir claramente remunerações ou retiradas, horários, e participações.

5- Não misturar emocional com negócios. A sociedade está sendo formada para que todos ganhem dinheiro honestamente e proporcionalmente ao capital e a participação de cada um.

ACOMP Consultoria e Treinamento - Eng. e Prof. Antônio César, Diretor - Tel. (21) 2445-5444 - www.acomp.com.br

 

Esta Revista é uma publicação bimestral da ANEL - Associação Nacional das Empresas de Lavanderias

Presidente da ANEL e Editor da Revista: Paulo César Dantas Fernandes

Sub-editor: Edson Rogério Gonçalves.

Jornalista Responsável e Redatora: Rosa Maria Artusi.

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