Não faça com os outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você. A velha máxima é perfeitamente aplicável quando o assunto é falar mal das empresas concorrentes. De acordo com consultores, subestimar e provocar as outras companhias do ramo é uma atitude equivocada, que só trará péssimos frutos a longo prazo. - A prática era bastante incomum há algum tempo, em parte, porque quase sempre os donos das empresas se conheciam até pessoalmente. Hoje em dia, com a globalização, as relações ficaram mais impessoais. É muito mais fácil falar mal de quem não se conhece - justifica Antônio César Oliveira, diretor da Acomp Consultoria e Treinamento.
Na opinião do consultor, é importante que os executivos entendam o mercado em seu sentido mais amplo, ou seja, que ele é composto, além dos clientes, por fornecedores e, é claro, concorrentes. "O que acontece, principalmente nas pequenas empresas, é que o empresário só enxerga os clientes, deixando de lado os fornecedores e as outras companhias do ramo. Isso é um erro. Com a globalização, a concorrência ficou ainda mais acirrada. É preciso estar atento ao que as outras empresas estão fazendo", acredita. Compostura Manter relações cordiais com os concorrentes é a postura mais indicada, de acordo com Oliveira, que afirma que quem deve decidir qual empresa oferece o melhor produto ou serviço são os clientes. "Tem algumas companhias que expõem seus produtos desqualificando os do concorrente. Isso é prejudicial à imagem. Manter a compostura é o melhor procedimento", opina. O consultor garante que, mesmo com o advento da tecnologia, que acarretou muitas mudanças e inovações nas empresas, os valores tradicionais não devem sofrer alterações. "Por mais que as relações atuais estejam cada vez mais distantes, certas atitudes devem ser preservadas. A ética é uma delas", diz. Oliveira afirma que, ao falar mal do concorrente, a empresa não prejudica apenas os outros, mas sua própria imagem junto ao público e os fornecedores. "É a política dos incompetentes. O setor do qual a companhia faz parte fica mal visto pelo resto do mercado. É ruim para todo mundo", ressalta. O professor de Gestão da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Antônio Andrade, acrescenta que informações não confirmadas e boatos de todo o tipo sobre a empresa concorrente não devem ser mencionados em nenhuma hipótese. "Se for para falar alguma coisa da outra companhia, que seja um fato confirmado. E isso não pode acarretar prejuízo para a outra organização", afirma. Andrade cita as propagandas das empresas automobilísticas como exemplo de competição saudável. De acordo com o consultor, as montadoras mostram as vantagens de seus produtos sem denegrir os dos concorrentes. Sinceridade, autenticidade e acreditar no que está falando são itens fundamentais para o empresário ter sucesso, segundo Andrade. "Gerar desconfianças sobre o concorrente dá resultado a curto prazo. Mais tarde, pode funcionar como um bumerangue", alerta. Microsoft e IBM Antônio Cesar Oliveira lembra que, mesmo que a provocação dê resultados quando feita, os desdobramentos decorrentes podem ser extremamente prejudiciais à empresa. "A Microsoft e a IBM eram concorrentes, mas, com o passar do tempo, cada companhia seguiu um rumo diferente. Hoje, todo o computador da IBM vem com os programas da Microsoft. Essa parceria talvez não tivesse sido possível caso uma das duas tivesse jogado sujo quando estavam em campos opostos", avalia. Oliveira conta também que é comum no ramo da construção civil que empresas concorrentes se unam para realizar uma obra de grande porte, sendo que cada uma das companhias que participam do projeto entra em uma parte específica. "Cada uma trabalha com aquilo que tem de melhor. É uma troca extremamente positiva", diz. O diretor da Acomp alerta para o perigo de desqualificar uma empresa que um dia poderá fazer parte de uma mesma organização ou até mesmo ser uma opção de emprego. "Vide o exemplo da Compaq e da HP, que eram concorrentes e hoje formam uma só", lembra. A transferência para uma companhia concorrente foi problemática para o advogado Paulo Menezes, justamente por causa de picuinhas e troca de acusações mútuas. "Fui muito discriminado por ter trabalhado na empresa que estava no lado oposto. Talvez, se o tratamento entre as duas fosse cordial, teria sido diferente", acredita Menezes, que hoje ocupa o cargo de gerente. Como fazer >>
Manter relações cordiais com o concorrente.
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