Assassinaram
a gramática Yuki Yokoi Tropeços na gramática e na ortografia podem custar caro para os lojistas. Os consultores afirmam que estas falhas não acarretam em diminuição nas vendas, mas podem deixar os clientes incrédulos, uma vez que erros sempre chamam mais atenção que acertos. Se aprovado projeto de lei do vereador Pedro Porfírio (PDT), que prevê multa para erros de português na publicidade, os danos poderão ser ainda maiores. O projeto já foi aprovado por unanimidade na primeira votação da Câmara e a segunda acontecerá ainda esta semana. Se for sancionado pelo prefeito Cesar Maia, virará lei municipal, com multa de 50 Ufirs por dia - cerca de R$ 56 - para a loja que tiver publicidade exposta com erro gramatical. De acordo com o vereador Porfírio, o objetivo é evitar que a população aprenda errado. "Em projetos futuros, trabalharei a questão da aculturação das palavras estrangeiras em nosso idioma", completa Porfírio. Atualização Consultor de varejo e diretor da Acomp Consultoria, Antônio Cesar Carvalho de Oliveira afirma que o cliente passa a enxergar a loja de uma maneira negativa e desconfiada quando há erros de português nos letreiros ou propagandas. "O consumidor vai fixar uma imagem que sempre remeterá à falta de atualização e a uma comunicação ruim. O comerciante não chegará a perder uma venda, no entanto, esse deslize, somado a outros, pode trazer prejuízos. O cliente vai colocar em dúvida a qualidade, o conhecimento técnico e até mesmo a precisão das informações prestadas", diz. Embora reconheçam que os tropeços gramaticais estão presentes de forma acentuada no varejo, os lojistas reclamam da cobrança de multa. Presidente da Associação Comercial e Industrial do Méier (Aciméier), Antônio Aires Filho não acredita que o projeto seja aprovado pelo prefeito. - Acredito na sensibilidade dele. Penalizar financeiramente quem não teve a oportunidade de estudar é uma medida muito radical e discriminatória. Já que o problema foi detectado, poderia ser criada uma política de incentivo de retorno à escola - defende Aires Filho. Proprietário da loja de CDs Music Land, Gustavo Legey também defende uma fiscalização sem punição, pelo menos no início. "Eu, por exemplo, não sabia da existência do projeto. Caso vire uma lei, defendo que seja colocado em prática em três momentos distintos. O primeiro passo seria informar os lojistas. O segundo, dar um tempo para que as correções sejam feitas e, somente num terceiro período, a penalização." Apesar
de aprovar a fiscalização dos erros gramaticais, Legey afirma
que esta deve ser uma preocupação natural do lojista e que
não precisa estar vinculada ao prejuízo financeiro, mas
à manutenção da boa imagem do estabelecimento. Apesar de garantir que sempre se preocupa com a gramática, Elaine Pereira, sócia da floricultura Lyz Flores, acha a lei completamente desnecessária. "Ninguém pode esquecer o famoso pai dos burros, o dicionário. A língua portuguesa é complicada e os tropeços são naturais. O erro sempre chama atenção de maneira negativa. Eu me preocupo em não deixar passar nenhuma falha, mas temos problemas mais sérios e que precisam de muito mais atenção." Berinjela Nem todos, porém, pensam como a comerciante. A dona-de-casa Helena Leite descarta restaurantes em cujo cardápio está escrito beringela e não berinjela. "Isso acontece até em restaurantes caros. Se o erro estiver em um letreiro ou em um material promocional, como folders, não vou acreditar na qualidade dos produtos oferecidos. E me recuso a comprar em uma loja que tem um proprietário ou uma equipe tão desatenta e despreparada", afirma. NÃO ERRE MAIS
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