Segunda-feira,
20 de novembro de 2006 PIERRE
BALDEZ Empresários
devem definir com cautela as empresas com as quais irão trabalhar Professor de empreendedorismo da Fundação Getulio Vargas em São Paulo (FGV-SP), Francisco Guglielme explica que é interessante que os empreendedores levantem os dados de empresas que poderiam ter interesse em estabelecer parcerias. Mas o consultor sublinha que um dos pontos fundamentais é não atirar para todos lados. Por isso, a importância de definir com cautela o aliado. "Empresas que não têm o mesmo público-alvo não devem estabelecer parceria. Caso isso aconteça, há o risco de se perder o foco. A renda do público do possível parceiro e a localização da empresa são itens que servem de parâmetro para avaliar a viabilidade da parceria", sugere Guglielme. O professor alerta que o ideal é não deixar para utilizar a estratégia apenas quando a empresa estiver passando por dificuldades. Na opinião do especialista, a parceria até pode resgatar um negócio prestes a naufragar, no entanto, tal alternativa é indicada para alavancar o empreendimento. "A parceria não foi feita para corrigir a empresa em um momento de desespero. O objetivo é melhorar o seu desempenho comercial", reforça o especialista da FGV-SP. CARIOCA DA GEMA. Antes de abrir o Carioca da Gema, um dos bares de samba mais freqüentados na boêmia da Lapa, no Centro do Rio, um dos primeiros cuidados que os sócios tiveram foi com o estacionamento. Na época, a região estava começando o seu processo de revitalização e, por isso, a segurança era um fator que poderia gerar preocupação nos potenciais clientes. "Quando inauguramos, o estacionamento com o qual fizemos a parceria praticamente não tinha cliente. Firmamos então um convênio em que o cliente paga preço único de R$ 5. Como meu consumidor fica no bar uma média de quatro horas, a oferta do estacionamento a preço único passa a ser um diferencial em relação à concorrência", avalia Ana Carolina Cesario Alvim, sócia do Carioca da Gema. O Carioca da Gema fechou parcerias com gravadoras. As empresas têm um espaço no estabelecimento para venda de CD"s de samba. A iniciativa, explica Ana Carolina, fomenta a compra de discos dos artistas que se apresentam no Carioca da Gema. "A comercialização de CD"s dentro da casa é uma forma de estimular o cliente a conhecer mais o trabalho dos músicos que participam dos nossos shows. Desta maneira, conseguimos também agregar valor à nossa marca", defende Ana Carolina. ACOMP. Antônio César de Oliveira, diretor da Acomp Consultoria e Treinamento, especializada em formatação de parcerias, diz que é fundamental que exista sinergia com o parceiro em termos de negócio e convivência. "O parceiro também deve acreditar na empresa com a qual está buscando a parceria, porque a relação tem que ser como um casamento. É preciso também encontrar uma forma de ajudar o parceiro com os objetivos dele. Do contrário, será difícil progredir", alerta. Parcerias devem ser positivas para ambas as partes Na Bela Vista, no Centro de São Paulo, a Cantina Luna de Capri conseguiu evitar o fechamento de suas portas com uma parceria com empresas de produção teatral. O proprietário Bernaberto Alves Pereira diz que a idéia já havia sido implantada em outro de seus empreendimentos. "Em 1995, a pedido da classe teatral, que é o maior público do restaurante Planeta, fundado há 34 anos, começamos a dar descontos para artistas e funcionários de espetáculos. Em troca, os produtores passaram a inserir a nossa marca no material de divulgação das peças", explica. No entanto, o empresário acrescenta que a iniciativa não rendeu frutos consistentes. Mesmo assim, recentemente, a idéia foi implantada para tentar salvar a cantina da falência. Pereira diz que o mesmo tipo de parceria deu mais resultado para a Cantina Luna de Capri do que para o Planeta. "O resultado salvou a empresa da falência. Mas quem for fazer qualquer tipo de parceria deve ficar atento sempre as vantagens e desvantagens. No meu caso, algumas vezes, no fim do mês, estava dando um desconto acima do que poderia. Hoje limitei o desconto a 50% do valor de cada refeição", alerta o empresário. ELABORAÇÃO DE PESQUISAS. Fundada há seis anos, a Fibra Design Sustentável, especializada em desenvolvimento de novos materiais a partir da reutilização e beneficiamento de refulgo da indústria alimentícia, é calcada em uma série de parcerias que ajudam a mantê-la no mercado. Uma delas é com a fábrica de esquadrias Fenal, que ajuda a empresa a elaborar pesquisas de novos produtos e a desenvolvê-los em seu maquinário. "A empresa não teria condições de produzir todos os seus produtos se não houvesse a contribuição da fábrica de esquadrias. O principal motivo é o custo elevado dos equipamentos", revela Pedro Themoteo, um dos sócios da Fibra Design Sustentável. Para compensar o apoio da fábrica de esquadrias, os empresários, por enquanto, dão exclusividade para a parceira na hora de confeccionar os revestimentos feitos com composto por fibras de bananeira e resina de origem vegetal. "No caso da fábrica de esquadrias, é importante buscarmos parceiros em outras regiões porque a matéria-prima está espalhada", ensina. Instituições
acadêmicas auxiliam na área de pesquisa Especializada em produtos contra alergia, a Alergo House, instalada no Rio de Janeiro, fez uma parceria com uma organização acadêmica para unir prática e teoria. Em 2005, a empresa participou do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico das Micro e Pequenas Empresas (Bitec), que é iniciativa do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), em parceria com o Sebrae, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Senai. Desde 1996, o programa aproxima a universidade das pequenas e microempresas. O objetivo é trazer para a linha de produção a formação e o conhecimento de professores e estudantes, para auxiliar no desenvolvimento de projetos de suporte à inovação de produtos e processos, além de aperfeiçoar a gestão das empresas com até 99 funcionários. Professor de engenharia têxtil da Faculdade Senai-Cetiqt, Richard Maciel, e o aluno Eleandro Pinho ajudaram a Alergo House numa pesquisa para encontrar produtos que evitem a multiplicação de ácaros em revestimentos para travesseiros e colchões. Saul Vibranovski, sócio-diretor da empresa, diz que já existem alguns produtos do gênero no mercado, mas com custo elevado e desconforto para o consumidor. "Essa é a primeira etapa de um processo. Iniciativa como essa é fundamental para o desenvolvimento de uma empresa de pequeno porte como a minha, pois não tenho condições de montar um departamento de pesquisa", aprova. Para a produção do produto desenvolvido, Vibranovski acrescenta que, do ponto de vista industrial, faltam estudos de viabilidade técnica para fabricação nas escalas compatíveis com a demanda comercial. Quanto aos aspectos relacionados à saúde, haverá ainda a necessidade de submeter o produto a uma série de testes, tais como toxidade, sensibilização alérgica e outros comprovatórios da sua adequação e necessários para a obtenção de registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "O primeiro passo já foi dado com esse programa. Projeto como esse é um incentivo para o pequeno empreendedor", complementa Vibranovski, lembrando que esse ano participou de outro projeto com a mesma instituição de ensino. O empresário destaca, no entanto, que apenas esse tipo de parceria não leva a pequena empresa muito longe. "Precisamos que seja aprovado o projeto da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, pois é essa medida que vai reduzir a burocracia para uma série de benefícios para o pequeno empreendedor, inclusive com parcerias", complementa. Em 2005, outra que se beneficiou com o Bitec foi a Tríade, especializada em Tecnologia da Informação, em Nova Friburgo, região serrana fluminense. Eduardo Martins Tolentino e Rodrigo Macedo, sócios da empresa, aderiram à parceria com o Centro Universitário de Barra Mansa. Aluno e professor contribuíram para a elaboração de um software de gestão para controle de rotinas críticas. "Esse produto foi desenvolvido durante seis meses para o mercado. O custo do projeto, de R$ 300, mais as despesas de deslocamento dos pesquisadores, foi mínimo para o resultado obtido", comenta Macedo. O empresário destaca que o aluno foi contratado e hoje está entre os 10 funcionários do quadro da Tríade. "Depois disso, já fechamos parcerias com outras duas universidades", comemora. Dicas 1.
Procure priorizar parceiros que complementem a atividade fim ou que ofereçam
2. A idoneidade da empresa, futura parceira, deverá ser checada antes de evoluir para a parceria 3. É importante considerar que, por menores que sejam, serão necessários investimentos de ambas as partes 4. As negociações deverão ser conduzidas com elevado nível de profissionalismo, daí ser mais adequado ter a assessoria de uma empresa de consultoria em negócios. Mudanças repentinas de posições, ou ainda a demora em definir parâmetros, pode gerar insegurança, ou a falsa idéia de que um está querendo levar vantagem sobre o outro, colocando todo processo em risco 5. Certifique-se de que as posições são tangíveis, antes de propô-las 6. Analise os benefícios para seu futuro parceiro e para sua empresa 7. Cuidado para não exagerar em promessas 8. Verifique o tempo todo o grau de motivação e interesse da outra parte, há um limiar singelo entre planejamento e ação nestes casos 9. Durante todo o processo, é preciso manter o foco no cliente final e nos benefícios que ele irá obter 10. Por fim pergunte a si mesmo: "Eu aceitaria esta proposta, se estivesse do outro lado?" Fonte: Acomp Consultoria e Treinamento Serviço Acomp , www.acomp.com.br Alergo House, www.alergohouse.com.br Cantina Luna de Capri, 0xx-11-3258-6673 Carioca da Gema, www.cariocadagema.com.br Francisco Guglielme, 0xx-11-4193-4821 Fibra Design
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