Quarta-feira, 15 de outubro de 2003. Estratégia Informações solicitadas ao cliente variam de acordo com o negócio Cadastro
deve ser aliado a promocões
Os consultores de varejo são unânimes ao enfatizar a importância do cadastro de clientes, mas ainda são poucos os comerciantes que conseguem utilizar os dados de forma realmente eficaz. Segundo consultores, o que falta aos lojistas é a consciência de que o uso dessas informações deve ser atrelado a uma estratégia da empresa. Ou seja, não tem valor por si só. O ideal é que a obtenção de informações esteja ligada a uma ação promocional. Proprietária da Academia da Cachaça, Renata Quinderé optou por montar o mailing (cadastro) através do programa de milhagem. A ação conjunta valoriza o cliente e aumenta o valor do cadastramento. "O consumidor passa a ver alguma vantagem ao ter o trabalho de preencher um cadastro", explica. Proprietária de dois salões de beleza e de duas clínicas de estética, a empresária Sheila Bellotti faz ações diferenciadas para cada unidade de negócio. Para a clínica da Barra da Tijuca, localizada dentro de uma academia, Sheila adota estratégia que atrai o público que freqüenta o local. - Uma das últimas malas diretas que enviei era uma promoção de shiatsu. Ações com o perfil do público aumentam o índice de retorno - afirma. Outra dica de consultores é atentar para a forma usada para obter os dados dos clientes. Renata Quinderé oferece diversas formas para o cliente se cadastrar, seja no site da Academia ou participando do programa de milhagem. - A grande maioria coloca espontaneamente o e-mail para receber mais informações sobre a empresa - diz. No caso da Academia da Cachaça, a empresária optou pelo e-mail, já que os clientes passam essa informação, independentemente do local onde estejam. - Uma brasileira que mora em Nova Iorque se cadastrou e passou a receber informações sobre a Academia. Quando ela veio ao Brasil fez sua festa de chegada com a gente. Ela já tinha todas as informações sobre preço, cardápios e promoções - conta Renata. Públicos
diversos, meios diferentes - No outro salão, localizado em shopping, saber o endereço residencial é importante para conhecer a origem do cliente - diz. Antônio César de Oliveira, diretor da Acomp Consultoria e Treinamento, enfatiza ser necessário, além de adaptar as ações para cadastramento ao segmento de atuação, vislumbrar ações futuras. "Quem vende roupa para bebê tem que saber a idade das crianças. A informação pode ser útil caso a empresa passe a trabalhar com moda infanto-juvenil", exemplifica. Sobre a atualização dos dados, Oliveira aconselha que seja feito contato anual com o consumidor para evitar constrangimentos. "Uma pessoa mora, em média, oito anos no mesmo endereço. Mas o e-mail muda constantemente, chegando a sofrer três alterações por ano". Oliveira chama atenção ainda para que o recolhimento dos dados não seja obrigatório e nem solicitado em momentos inoportunos. -
O cliente pode até ficar muito tempo na loja escolhendo um produto.
Mas depois que se decide, quer ir embora logo. O fechamento da venda é
um momento ruim para pedir preenchimento de cadastro - explica Oliveira.
Nota da ACOMP:
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