Comércio espera, na melhor das hipóteses, vendas iguais às do ano passado. Roupa, sapato e celular devem ser os destaques
No primeiro semestre, os dias das Mães e dos Namorados decepcionaram e contribuíram para que o comércio amargasse queda de 7,19% nas vendas, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Instituto Fecomércio. - Não há expectativas de que a performance das vendas supere à do ano passado, mas a possibilidade de se manter no mesmo patamar já é considerada um bom resultado, tendo em vista o péssimo cenário deste ano - afirmou o coordenador de pesquisas do instituto, Paulo Brück. Tudo indica que o desempenho será superior ao registrado nos Dia das Mães e dos Namorados, que foi bem abaixo das estimativas, com queda 9,24% e 10,16% em relação ao ano passado. Valor dos presentes deve ficar entre R$ 35 e R$ 50. Para Antonio César Carvalho de Oliveira, diretor da Acomp, empresa especializada em consultoria e treinamento de varejo, 60% das lojas estão com os preços reduzidos. A expectativa é de que o valor médio das compras fique entre R$ 35 e R$ 50. - A queda da taxa básica de juros, a Selic, para 24,5% ao ano, aliada à deflação, gera otimismo, tanto no consumidor como no comerciante, que começa a rever as taxas de juros. Mas os resultados efetivos da recuperação do comércio só devem aparecer no fim do ano - avaliou. Ele lembrou que muitos brasileiros receberam dinheiro da restituição do Imposto de Renda e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mas, endividados, não estarão fazendo a economia girar de imediato. Para o superintendente do Rio Sul, Sérgio Pessoa, a circulação média do shopping, de 1,8 milhão de pessoas, aumentará 5%, sobretudo em função da grande quantidade de liquidações. Ele lembra que em nenhuma outra data de varejo existem tantas promoções. Roupas e sapatos estão cotados como alguns dos itens que devem ter melhor desempenho nas vendas. Uma boa notícia para os dois setores, que já amargam, respectivamente, quedas de 11,94% e 11,05% nas vendas do primeiro semestre deste ano em comparação com 2002. O celular, no entanto, corre por fora para ficar no topo da lista dos mais vendidos. - As empresas de telefonia móvel têm alcançado resultados fabulosos nas datas de varejo porque lançam fortes campanhas - disse Pessoa. A estudante Elizabeth Falkenhahn, de 8 anos, adora ajudar o pai, o empresário alemão Dieter Falkenhahn, a escolher presentes. - Mas sempre dou alguma surpresa. Posso pintar um quadro ou fazer um bonequinho de pano - contou . O pai, feliz, retribui o carinho. -
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