Paulo
César Martins
Eleições
e investimentos
Depois
de oito anos de mandato, Fernando Henrique Cardoso passará
a faixa presidencial ao seu sucessor. Ao mesmo tempo, governadores,
senadores e deputados estarão lutando para se manter em
seus gabinetes, enquanto novos candidatos entrarão na disputa
por passagens para o poder. A eleição, apostam os
consultores, ao lado do Copa do Mundo e da recuperação
da economia americana, que dá sinais de sair da recessão,
injetará dinheiro na praça.
"Obras
de infra-estrutura que estavam represadas deverão sair
do papel este ano. É claro que os governos vão abrir
os cofres para ajudar os seus candidatos. É natural que
isto aconteça num ano de disputa eleitoral. Esse dinheiro,
esses investimentos, certamente ajudarão a impulsionar
a economia em 2002", afirma Antônio César. Ele
aposta ainda no possível reajuste do salário dos
servidores públicos, que estão sem aumento há
sete anos e na exportação da produção
de grãos, como outros fatores que deverão jogar
dinheiro novo no mercado.
Mas
nem só votos e boas notícias podem sair das urnas.
Alguns prejuízos correm paralelamente ao trabalho de boca
de urna.
"O
único e sério aviso que dou para os prestadores
de serviço e fa-bricantes de brindes é: vendam à
vista, se possível adiantado. O filme da quebradeira de
gráficas e empresas de brindes após as eleições
já é bastante conhecido. Não se concebe que
alguém ainda chore na cena final. Todo o mercado já
conhece bem o desfecho desse enredo. O aviso então é
para os novatos, que podem ficar acreditando no canto das sereias
políticas, e acabar com suas empresas nas pedras,"
ensina Angelim.
Unanimidade
entre os especialistas, o setor de turismo interno é o
que deverá mais crescer este ano. Em contrapartida, há
perspectivas ruins para as agências focadas em viagens ao
exterior e para os investidores em empresas que dependem de insumos
e matérias-primas importadas.
Informações
da Embratur comprovam que os vôos para o exterior despencaram
em 40% (desde os atentados ao World Trade Center) e os pacotes
internos de fim de ano e verão passaram de 60% para 70%
das vendas nas agências que, aparentemente, conseguiram
driblar os efeitos da falência da Soletur, a então
maior operadora do País. Um outro fator a estimular o crescimento
interno é a confirmação pelas grandes redes
hoteleiras da expansão de seus negócios.
Existe,
assim, segundo os especialistas, um bom leque de oportunidades
para pequenos negócios como pousadas, bares e restaurantes,
aluguel de carros e perspectivas de contratação
de guias turísticos, motoristas, garçons e atendentes.
Mas boa notícia não anda sozinha.
"As
agências menores, mais ágeis que a Soletur e focadas
no turismo interno, no ecoturismo, no turismo temático,
podem realmente se dar bem. Os maiores problemas estão
relacionados com os serviços: caso seja mal atendido, o
cliente vai guardar a sua poupança no futuro para retomar
as viagens ao exterior", afirma Antônio César,
sócio-diretor da Acomp.
Com
ele faz coro Paulo Angelim. "Os serviços precisam
melhorar. Tendo chance, o brasileiro escolhe o exterior. Foi só
o dólar voltar para a casa de US$2,40, no início
de janeiro, que os brasileiros começaram a tirar o passaporte
da gaveta. Precisamos de bom atendimento e infra-estrutura.
Paulo
Ancona afirma que a redução das viagens ao exterior
é uma boa notícia também para empresários
de outros setores, já que o di-nheiro que era gasto lá
fora e em duty-frees está ficando por aqui mesmo. Isso
favorece os empresários que têm produtos para as
classes média e média alta. Como esse público
é mais exigente, o consultor alerta que treinamento da
mão-de-obra é fundamental.
Já
Paulo Angelim acredita que haja espaços para crescimento
em vários ramos, entre eles os ligados à segurança
patrimonial e pessoal. "Eu aposto até em vídeo-locadora,
desde que se inove. A palavra de ordem é serviço
inovador. A ordem é: inove nos serviços, e surpreenda
seus clientes. Mas lembrem-se que quem faz isso acontecer é
gente. Você precisa investir nelas, em primeiro lugar",
ensina o consultor.
Outra
palavra de ordem, segundo Antônio César Carvalho
de Oliveira é planejamento. "Um bom estudo de viabilidade,
tanto do ponto de venda, quanto dos produtos e aspirações
do consumidor, formam o caminho para ter um negócio saudável",
diz.
Trabalhar
com mercadorias de qualidade, treinar funcionários, sem
esquecer de acompanhar as expectativas do consumidor e o movimento
do concorrente, são outros conse-lhos dos consultores.
"Não só em 2002, mas sempre. O cuidado está
no que investir. As empresas deveriam estar sempre se preparando
para o fenômeno cíclico das crises. Não existe
nada tão certo quanto a inevitabilidade das crises. Prepara-se
uma empresa para a crise no momento da bonança, e não
quando se está enfrentando crises", afirma.
Angelin
acredita também que as principais preocupações
de qualquer empresa para superar as crises, uma vez que é
impossível evitá-las, está no fortalecimento
das relações com colaboradores e clientes e no fluxo
do caixa.
"Tenho
visto muita empresa ignorando a necessidade de reter e promover
a participação de talentos da organização
e de fidelizar antigos clientes e de reaplicar os lucros".
Ancona
concorda com ele. "Toda crise é um excelente momento
para repensar e readequar a forma de trabalho. O que, aliás,
deveria ser uma constante. Um investimento feito com cuidado,
com planejamento e de forma profissional tem muitas chances de
dar certo. Acima de tudo é importante ter profissionalismo
e visão, aprendendo a olhar com os olhos do novo mundo
e dos novos paradigmas", afirma.
Fecomércio-RJ
A
Federação do Comércio do Estado do Rio de
Janeiro reúne 62 sindicatos patronais da área do
comércio de bens e serviços de todo o Estado do
Rio. Essas entidades representam cerca de 200 mil empresas, que
empregam mais de um milhão de trabalhadores.
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